Viagem à Terra Santa
Novembro / 2010
Relatos dessa experiência
Naquela manhã de novembro, o nosso voo fez um pouso tranquilo na cidade de Tel Aviv, em Israel, era o começo de uma emocionante experiência nos cenários religiosos propostos no pacote de viagem da TV Canção Nova.
Logo que chegamos no aeroporto, fomos para os procedimentos de entrada no controle de imigração. A guia brasileira alertou: - Mantenham-se tranquilos e procurem colaborar com a fiscalização. Eles provavelmente vão abrir as malas de vocês para averiguação de segurança antes de liberarem a entrada. - Mas quem disse que todos se manteriam serenos? Existem aqueles que se desesperam por nada, o medo lhes toma conta do semblante, e assim, uma de nossas colegas passou por uns perrengues, mas, felizmente foi liberada depois de quase 1 hora de perguntas e apresentação de documentos comprobatórios de origem etc.
Após passar pela imigração, já havia um ônibus nos esperando para nos levar até Nazareth, a cidade de Maria, mãe de Jesus. Lá, fomos acomodados em um hotel gigante, de mini banheiros, foi lá que vi uma banheira no box do chuveiro, e o banho só podia ser feito dentro da banheira, porque não existia outro espaço, eu ligava o chuveiro e ficava em pé dentro da banheira tomando a minha ducha, porque fiquei com receio de sentar na banheira.
A caminho do Mar da Galileia, localizado no Distrito Norte de Israel, se pode ver uma diversa vegetação que vai mudando de coloração e aspecto. Também se pode ver paisagens distantes, cenários que os olhos podem ver de uma maneira mais global e fazer um apanhado maior de informações, como por exemplo, ver uma vila inteira de casas.
É incrível a percepção de como às vezes nos surpreendemos com a variação cenográfica de outros lugares e regiões, e até nos familiarizamos com as características das paisagens e das pessoas. Podemos ver que nem são tão diferentes assim o quanto pensamos ser. Há uma engenharia da natureza, colocando tudo em ordem nos lugares. É a função da natureza, estabelecer a ordem da vida em todos os lugares.
Os israelenses dão muita importância aos temperos em seus alimentos, são bem administrados em suas refeições, podemos sentir até uma certa semelhança com os temperos da comida mineira no Brasil. Eu realmente apreciei muito.
Em momento livre para uma caminhada pelas ruas de Nazareth, passei por vários comércios de condimentos e frutos.
Muitos dos temperos que vi expostos à venda nos comércios, não conheço e nem sei em quais alimentos são usados. Porém, achei interessante as cores vivas de alguns deles, e a forma em que estavam disponibilizados para a venda ao cliente. Certamente, cada um deles, tem seu sabor único e deixa os alimentos mais ao gosto da culinária israelense.
Olhando todos os cenários por onde passei, com a curiosidade de quem já conhecia algumas passagens bíblicas onde se faz referência a determinados lugares na Terra Santa, enquanto eu viajava olhando pela janela do ônibus, me vinham à mente algumas reflexões.
É importante não ficarmos apenas com as imagens sugeridas pela teoria nos escritos que recontam toda a história bíblica, ver de perto é a constatação do que foi lido.
É possível buscar comparações com a história, e assim compreender a plenitude de tudo aquilo que alguém um dia escreveu.
É possível ainda, sentir em alguns dos cenários bíblicos, uma emoção e também um sentimento de comoção por tudo que aconteceu nos séculos que Jesus viveu.
Em Belém da Judéia, pude ouvir do quarto do hotel, às 5:00h da madrugada, o Almuadém fazendo o chamado, anunciando em voz alta a partir da torre de uma mesquita, a hora da prece. Naquele momento, eu não sabia o que significava, depois a guia que falava em espanhol, explicou do que se tratava.
É interessante ver a quantidade de turistas que fazem o trajeto da Terra Santa, são grupos de países do mundo inteiro em busca de conhecimento e fortalecimento da fé.
Existe um ponto tenso quando se faz a peregrinação na Terra Santa, que é a travessia saindo de Israel e entrando na Palestina, onde fica localizada a cidade de Belém, região da Judeia. Na fronteira, já saindo de Jerusalém, mesmo estando no trajeto liberado para o turismo religioso, os ônibus precisam parar, os turistas são instruídos a não fazer movimentos bruscos e também devem manter seus passaportes erguidos para serem vistos pela fiscalização. No dois momentos em que passei por essa experiência, não senti medo, fiquei um pouco apreensiva, claro, porque era uma experiência nova para mim, e como a guia havia nos alertado, deveríamos manter uma postura tranquila, que tudo daria certo. Na passagem de retorno, foi um pouco mais tenso, havia um ônibus detido e os turistas estavam todos sendo retirados de dentro dele. Não sei o que aconteceu depois, porque o nosso ônibus foi liberado e entramos novamente em Jerusalém, Israel.
Outra coisa que achei interessante, foi ver um senhor já idoso e o seu burrinho branco. O bichinho estava com seu dono "trabalhando", sim, o dono do burrinho cobrava dos turistas, 1 dólar por cada flash. Esse era o seu trabalho, cobrar fotos dos turistas.
Já o cafezinho que nos serviram no restaurante, não seu se era uma particularidade do restaurante que almoçamos, mas o garçom veio oferendo a cortesia do cafezinho e eu aceitei, mas pensem numa xícara enorme cheeeinha de café! Ele fez isso em todas as mesas, e eu que pensava que os brasileiros eram as pessoas que mais gostavam de café! Mas não é bem assim.
Foram muitas particularidades vivenciadas nessa viagem, como as Missas celebradas em Capelas e Igrejas locais por padres brasileiros, pertencentes aos grupos turísticos, ele reservam os locais para a celebração das Missas, isso torna mais forte os sentimentos cristãos. Também em uma dessas Missas, houve a renovação de votos matrimoniais de muitos casais que desejaram realizar essa cerimônia na Terra Santa.
Uma dos momentos que achei magnifico, foi ver o por do sol do alto do Monte Tabor, descendo atrás das montanhas, enquanto uma vila inteira, lá em baixo, era banhada pelos raios do sol da tarde, se pondo no horizonte.
Numa breve reflexão, posso dizer que, nenhum problema pode ser maior do que a beleza de viver e de ver a vida que existe em todas coisas.
Rozilda Euzebio Costa
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