Quando Lua nasceu, quem escolheu o seu nome foi o pai dela, e
não foi por acaso a escolha do nome “Lua”, pois o pai, além de gostar de
observar as estrelas e a lua brilharem à noite no céu, era um poeta! Sabe, esses
poetas fazedores de versos entusiastas e cheios de fantasias? Alberto era um
verdadeiro poeta. Ele adorava recitar poesias para a filha. A mãe de Lua, a
Maria, adorava ouvir o Alberto recitar as poesias para ela. De tanto ouvir poesias
românticos, Maria se apaixonou e se casou com Alberto.
Pouco tempo depois que Lua nasceu, seu pai comprou um lindo
sítio, lá, colocou algumas vaquinhas, cavalos, galinhas e outros bichinhos.
Havia passado anos juntando as suas economias para realizar este sonho tão
acalentado. E finalmente, ele conseguiu.
Por ter muitas árvores e flores no sítio, se tornara um lugar
muito frequentado por pássaros de várias espécies, e pequenos animais
silvestres.
Os passarinhos transportam sementes de frutos de um lugar
para o outro enquanto estão se alimentando. E é por isso que as vezes nascem
árvores frutíferas em lugares que ninguém nunca plantou nada. Isso acontece
principalmente com frutos de sementinhas pequenas, como por exemplo, goiaba,
mamão etc.
O certo é que, próximo à casa de Lua nasceu um pé de goiaba, e
o pai de Lua em uma de suas costumeiras limpezas próximo a casa, percebera
aquela pequena plantinha. Tinha o aspecto já de uma arvorezinha, e era muito
saudável, verde e plena de vida. Lua era ainda um bebezinho quando seu pai
descobrira aquela plantinha.
A mãe de Lua ia sempre com ela ver aquela goiabeira, que
crescia dia após dia numa velocidade incrível, sempre viçosa, bela e saudável.
Assim, a menina Lua passou a amar aquela árvore e até
conversava com ela como se a goiabeira fosse gente. A abraçava carinhosamente.
As duas, Lua e a goiabeira, foram crescendo juntas.
Quando a goiabeira começou a dar frutos, Lua já havia crescido
muito também, já era uma linda menininha. E toda temporada de frutos da
goiabeira, a menina colhia goiabas.
Certa vez, o pai de Lua quis cortar a Goiabeira, mas a filha
lhe pediu carinhosamente para não a cortar:
_ Papai, por favor! Não corte a minha goiabeira! Eu gosto
muito dela. Ela é minha amiga. O senhor não vê que eu sempre brinco debaixo
dela? Em suas sombras, eu faço as minhas tarefas da escola. Além do mais, eu
adoro ver os passarinhos que pousam nela para comer goiabas. – disse Lua,
esperando que o pai, depois de todos os seus argumentos mudasse de ideia e
desistisse de cortar a goiabeira.
O pai, depois de ouvir Lua, respondeu:
_ Nossa, como a senhora Goiabeira é importante para você
filha! E o que mais a goiabeira significa para você? - questionou o pai.
_ Eu adoro as suas goiabas papai! O senhor não gosta de goiabas?
– perguntou, com um lindo sorriso no rosto.
_ Gosto sim! Eu sou quase um bicho de goiabas! – disse o pai
de Lua sorrindo.
_ Então papai, somos dois bichos de goiabas! Porque eu também
gosto muito de comer goiabas. Eu até sonho com elas! – Lua falava a verdade.
Ela sonhava mesmo colhendo frutos nas goiabeiras. Talvez porque ela gostava
muito mesmo de goiabas.
_ Está bem, não vou cortar a sua goiabeira. A nossa goiabeira!
E enquanto nós vivermos aqui nesse sítio ela também viverá. Nós cuidaremos dela.
Você e eu. Ah! E a mamãe também nos ajudará a cuidar! Combinado mamãe? – a mãe
de Lua estava observando a conversa dos dois, e sorriu.
_ Obrigada papai!
- Obrigado, pelo quê?
- Por não cortar a nossa goiabeira!
***
Aquela linda goiabeira não era importante somente para Lua e
a sua família, ela também era o lar de muitos passarinhos e borboletas.
Acreditem, até as borboletas comiam goiabas da goiabeira! Os seus frutos alimentavam
muitas vidas da natureza. A goiabeira vivia cheia deles. Passarinhos iam e
vinham em bandos, cantarolando, somente para comerem as goiabas da goiabeira.
Reflexão
As árvores frutíferas são de extrema importância na natureza,
porque são elas que alimentam uma infinidade de aves e animais silvestres. Não
se deve corta-las.
Rozilda Euzebio Costa
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