Existem vários motivos pelos quais nos afastamos das pessoas, e um desses motivos está relacionado a ausência de presenças concretas e participativas nos diálogos e demais interatividades das experiências do viver.
Falar sozinho, por exemplo, pode nos levar a uma situação de isolamento, e isso não ajuda a produzir efeito positivo na nossa vida como ser humano. É importante haver reciprocidade nos diálogos e experiências em geral da vida humana.
Desde que o homem existe no mundo, existe a comunicação. Essa, vem se aperfeiçoando ao longo dos séculos, levando as pessoas a descobrirem novas técnicas na prática do diálogo, e também a importância e o seu valor nos relacionamentos de forma geral.
Para ser considerado um diálogo, é necessário que haja a fala compartilhada entre duas ou mais pessoas, uma interatividade concreta de troca de pensamentos, informações e ideias.
O ato de conversar sozinho não produz resultados que possam alcançar a troca de experiências no progresso humano, já que esse somente acontece com o compartilhamento das experiências e das ideias entre duas ou mais pessoas.
É importante observar a questão do diálogo solitário, onde o locutor tem a presença de outra pessoa na conversa, mas essa não interage, bloqueando o respaldo e o compartilhamento das informações, reduzindo com essa problemática, a evolução e a assertividade que se propunha o diálogo.
Diferentemente da escrita, que dialoga com seus leitores de forma isolada, através dos livros e textos específicos, cujos temas são voltados a um público diversificado, o diálogo solitário experimentado por uma pessoa que não recebeu nenhum respaldo ou feedback da outra pessoa presente no diálogo, esse faz com que o locutor se torne cada vez mais isolado, a ponto de se transformar em uma ilha humana, passando a flutuar no mar de sua solidão. E nenhum homem pode ser feliz sendo uma ilha.
Rozilda Euzebio Costa
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