quinta-feira, 14 de abril de 2022

Gatonis Lau - Literatura Infantil

Se é pra falar de gato, então será do Gatonis Lau, o gato mais fofinho da Rua Amaral, no Bairro Bragantina, na cidade Venceslau.

Todo dia, assim que escurecia, de sua casa Gatonis Lau sumia. Pra onde ia? Ninguém, mas ninguém mesmo, por lá sabia.

No entanto, se podia ter uma ideia, tendo em vista toda aquela ração que sobrava em sua vasilha, mas ninguém podia ter certeza de nada, já que de seu sumiço nada se sabia, e Gatonis mesmo deixando ração na vasilha, nunca emagrecia.

Porém, essa falta de informação das andanças do gato fujão, era somente os humanos que não a tinham, porque a Comunidade das Corujas Madrigais tudo dele sabiam.

_ Gatonis Lau é terrível! - disse o gato Lambão ao grupo de gatos reunidos no galpão, enquanto discutiam estratégias para proteger a ração que desaparecia de suas vasilhas toda vez que anoitecia. Era ele, Gatonis Lau que as comia.

_ Tem que se encontrar um jeito de parar esse sujeito! Será possível que ninguém aqui sabe defender seu pleito?! - bradou o gato Kleito, batendo a pata em seu peito.

_ Eu vou ser sincero, esse gato é muito cara de pau! - disse o gato Severo, referindo-se a Gatonis Lau.

_ Ele vem sempre na surdina e ninguém consegue pegá-lo, só quem viu ele uma única vez foi a gata Serafina. Lembra Serafina? - disse o gato Gervão, esperando de Serafina a confirmação.

A reunião durou o dia quase todo no galpão, e os gatos estavam todos caindo de sono, tinha gato já dormindo de pé, outros, esticados pelo chão enquanto ainda falava o gato Tristão, presidente daquela Corporação. Tristão era o presidente dos Gatos do Bragantina, eleito com quase cem por cento dos votos na última eleição.

Enquanto Tristão ainda falava, avistou Gatonis Lau caminhando por cima do muro do galpão, e agitado gritou:

_ Acordem seus dorminhocos! É ele! É ele! O gato comilão, que toda noite come a nossa ração! - gritava Tristão com muita indignação. Mas a gataiada estava muito sonolenta e teve gato que nem acordou, mesmo com todo aquele alvoroço, continuaram dormindo esparramados pelo chão. Tristão quase infartou, enquanto Gatonis no muro passou.

Assim, nada se resolveu da problemática situação, e Gatonis Lau toda noite sumia, enquanto que, os outros gatos da rua ficavam sem ração, porque Gatonis Lau as comia com sua fome de leão, e depois, quando amanhecia o dia, ele voltava para casa, para dormir confortável no seu fofo colchão.

 

Rozilda Euzebio Costa

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