Duas bailarinas compridas de canelas finas,
Vestidas com suas vestes magníficas de plumagens branca,
Eram as duas o próprio espetáculo daquela esplêndida tarde primaveril.
E aquele momento tão único e fascinante,
Me trazia alegrias tão majestosas e quase divinas.
Até o sol se sentiu seduzido por elas,
Lhes tocava com tamanha sensibilidade e amor,
Que dava ainda mais ênfase àquele momento de infinitas emoções.
Em minha mente todas as outras coisas fora daquele instante
Caíram no vão do esquecimento,
E se perderam nas vias intensas de minhas congestionadas memórias.
Mergulhado naquele mundo particular de fascinação,
Eu pude compreender toda a grandeza do Criador.
E aquelas bailarinas juntas à beira-mar,
Quase se tornavam uma só na sincronia de seus movimentos.
E eu, quase hipnotizado com toda aquela explosão de beleza e vida,
Me perdia a olhar com os meus olhos estupefatos de alegria.
Não sabia dizer quem a maior beleza possuía;
Se eram as bailarinas de belas plumagens brancas,
Com os seus peitos dourados pelos raios refletidos do sol,
Se eram as ondas espumosas movidas pelo vento,
Dançando freneticamente num vai e vem,
Ou se era ele, o próprio e majestoso mar....
Obrigado pela vida Senhor!
Rozilda Euzebio Costa
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