Há quem consegue ver a beleza da Mamãe Natureza, e Akiko era uma dessas pessoas, era uma garotinha cheia de luz nos olhos.
Estavam lá, debaixo do pé de sakura, Akiko e Akira:
_ Você vê? – perguntou a menininha Akiko.
_ O quê? – o Akira não estava na sintonia da natureza!
_ O pássaro olho-branco japonês no pé da sakura! São dois ou três, não sei... É tanta beleza que até o céu se pinta de azul e se curva para admirar isso, Akira! Olha que coisa mais linda! – disse ela olhando para cima, para a copa florida do pé de sakura.
Existem olhos que sabem ver de verdade, que enxergam essências! E como é bom poder contemplar a natureza.
_ Vem você também olhar, Akira! As flores é que são felizes por serem visitadas pelos passarinhos! E tem até sakura por aí cheia de ninho! Veja! Olha na ponta do galhinho, tem um ninho com dois ovinhos! E na outra galha também tem um ninho com dois olhinhos! É um passarinho que nasceu, Akira! E já já ele começará a voar devagarinho.
_ Eu não estou conseguindo ver nada! Será porquê? Porque será?! – Akira estava sendo sincero, não conseguia ver mesmo.
_ Abra seus olhos Akira! Mas antes é preciso saber amar! É necessário ter os olhos do amor para melhor enxergar. Você precisa se sentir parte da natureza, porque tudo é vida – árvore, rio, montanha, pássaros, gente, tudo é vida que a Mamãe Natureza cria. A cada um ela dá uma porção de beleza.
Rozilda Euzebio Costa
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