Estação da Vida
Estou parado e perdido numa imensa estação,
Observando admirado os trens que chegam,
E para os trens que partem, olho com incompreensão.
A estação está sempre muito lotada e confusa,
pessoas descem o tempo todo dos trens que chegam,
e na mesma frequência partem sem nenhuma recusa.
Interessante ver que ninguém leva ou traz bagagens,
Mas posso observar uma pequena alegria nos olhos de quem chega,
E naqueles que partem, noto tristes e confusas imagens.
Se movimentam como se estivessem dentro de um mesmo sonho,
Porém, cada um vai caminhando sozinho de um lado para o outro,
Tentando compreender e encontrar a si mesmo, suponho.
Se há alguém que de tal movimento dê uma interpretação,
Eu agradeceria se pudesse explicar com clareza tal cenário,
Talvez eu compreendesse o motivo de estar parado nesta estação.
Sinto que existo dentro de um drama muito complexo,
Quero encontrar a minha história nesta composição,
Nesta grande peça, onde parado, estou um tanto perplexo.
De onde vim? Como aqui cheguei? E para onde vou?
Não sou capaz de descobrir sozinho tal incógnita,
Partindo do princípio que nem mesmo sei quem sou.
Rozilda Euzebio Costa
08/11/2020
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