Para enxergar o horizonte é necessário levantar a cabeça e abrir os olhos, projetando a visão para uma longa distância.
Quando olhamos para o horizonte, estamos olhando para o futuro, para o que está além de nós mesmos, estamos olhando para uma possível saída do marasmo de problemas e conflitos que as vezes a vida nos apresenta entremeados aos nossos dias.
Nenhuma ave migraria para outras terras se tivesse medo de voar e de ir de encontro ao desconhecido. Não podemos sentir medo de sair em busca de outros cenários e outras experiências de vida.
Quando olhamos para baixo não conseguimos ver o sol que ilumina o dia, não vemos as estrelas e a lua que enfeitam o céu noturno de luzes cintilantes.
Aquele que limita a felicidade a uma única pessoa ou coisa, é um ser ingrato com a vida, é incapaz de perceber o amor de outras pessoas à sua volta. Não podemos focar em apenas uma pessoa enquanto o mundo nos pede amor e solidariedade. Há tantas pessoas legais no mundo! Há tantas outras paisagens que podemos contemplar com os nossos olhos! Acredite! Não podemos focar nossos sentimentos apenas em uma pessoa, enquanto existem outras pessoas que precisam de nós, do nosso sorriso, da nossa voz, do nosso abraço e carinho.
Uma pessoa não consegue sair de uma linha de pensamento destrutiva se não elevar a mente para fora da questão que a perturba.
É preciso ressuscitar as asas da mente e sair do quadrado opressivo, libertando-se das correntes pessimistas que prendem todas as ações que direcionam a uma abertura de pensamento otimista.
As pessoas muitas vezes sofrem sentimentalmente por ter perdido um relacionamento, mas quase sempre sofrem, não pela perda do outro, mas sim, pelo orgulho ferido. É o pensamento da perda que provoca a paranoia e o sentimento de inferioridade. O indivíduo acaba por se deixar abater, tornando-se vítima do próprio ego. Quando se dá conta de que o mal está no próprio ego, logo encontra um caminho, uma via de escape para se reerguer e continuar na construção de seus sonhos no caminho da vida. É importante que o indivíduo consiga ter essa compreensão sem muita perda de tempo, porque se ele não busca esta aceitação de que o seu sofrimento está mais ligado ao seu ego ferido, do que ao acontecimento em si, ele acabará entrando em um fosso profundo de onde se tornará cada vez mais difícil sair.
Há um pensamento errôneo que as pessoas habitualmente aderem, que é falar dos próprios infortúnios a todos os ouvidos sem nenhum cuidado.
Quando você fala da tua vida e dos teus problemas particulares para outras pessoas, você dá a elas a liberdade e o direito de opinarem sem nenhum critério! E dá a elas a abertura de também criticarem as tuas ações! Você consegue imaginar um livro aberto sobre uma mesa em lugar público, onde qualquer indivíduo possa pegá-lo e folheá-lo de qualquer jeito? Você consegue compreender que, nem todos compreenderão as ideias do autor que escreveu os pensamentos escritos naquele livro aberto? Se contamos os nossos problemas para todo mundo, se falamos dos nossos infortúnios para todas as pessoas, a nossa vida será como este livro aberto e exposto publicamente, onde todo mundo dará a sua opinião e fará a sua crítica.
Só existe um conselheiro em quem podemos confiar – Deus - a ele podemos fazer as nossas confidências.
Se alguém precisa desabafar, rasgar o verbo e pôr para fora o que o fere por dentro, é melhor que busque profissionais que estudaram e são preparados para isso.
Não dê a quem nada pode fazer, a permissão de opinar e jogar ideias no banquete de tuas dores.
Rozilda Euzebio Costa
29 de agosto de 2019
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