segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Observância, poesia de Rozilda Euzebio Costa


Aqui enquanto eu escrevo, as gaivotas voam
Estão voando serelepes por todos os lugares
Elas grasnam o tempo todo sem nenhuma causa
Algumas delas pescam na orla do porto
Outras pedem comida aos transeuntes
Elas tem uma fome incansável e não dão pausa
Olho as águas serenas do grande braço do mar
Vejo um ponto branco na imensidão de água
É um ganso que parece não ter preocupações
Se deixa levar pelo balanço das pequenas ondas
Formadas pelo passar dos barcos ligeiros
Que vão levando pessoas e suas infindáveis paixões
Pessoas se apaixonam por tudo que não lhes pertence
Incrível essa atração que envolve todas as criaturas
Deixam suas casas e palácios e vão a outros lugares
Abraçam os estrangeiros e desprezam conterrâneos
Gastam suas moedas com supérfluos sem reclamar
Mas em casa apontam sem trégua seus pesares

Rozilda Euzebio Costa, Observância

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