quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
O VENTO
De quando em quando ele passa
Algumas vezes numa fúria terrível
Em outras, numa suavidade extraordinária
Que parece muito sensível
Ninguém o vê
Mas ele está em todos os lugares
Espalha a areia dos desertos
Adentra as janelas dos lares
Ele faz bater as portas
Arranca as roupas dos varais
Arregaça cortinas
Derruba as frutas nos quintais
É incrivelmente forte
Quando está muito bravio
E é docemente suave
Quando quer ser gentil
Quando quer ser galã
Beija o rosto das donzelas
Toca-lhes com ternura
Com suas invisíveis apalpadelas
É um cavalheiro em alguns momentos
Em outros, é um poço de indelicadeza
Um turbilhão de ações
Força invencível e de misteriosa grandeza
Pode ser chamado de Tempestade
De Brisa
Ou de Furacão
De Correntes do Sul e do Norte
De Bafejo e de Frescor
De Aragem
De Zéfiro ou Ventania
E até mesmo de Viração
Não dá pra discutir com ele
Tome intento
Se acalme, e não se apavore
Porque este senhor... é o Vento
Rozilda Euzebio Costa
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