Um homem de vida cinza e vazia,
perdido em pensamentos
que também estão cinzas,
aqui estou eu na palidez da vida,
olhando para esse tempo presente
que permanece tão contundente,
e longe de tudo que um dia foi alegria.
O que foi feito daqueles dias,
de façanhas e glórias,
de vinhos e música,
de certezas e eternidades
e de tanta cumplicidade
que agora são apenas memórias frias?
Onde está a felicidade,
que em outros tempos
me abraçou com vontade
e me beijou tantas vezes
com tanta fidelidade?
Oh cinza sem alma e cruel,
que tingiu o meu tempo,
e ainda me serve taças de fel!
Aponte-me meus erros
para que eu possa me redimir,
e merecer um caminho para o céu.
Rozilda Euzebio Costa